sábado, 10 de agosto de 2013

A PAZ QUE TRAGO EM MEU PEITO


A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia...
Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em silêncio. 
É jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção.
Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.
A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé...
Ter paz é ter a consciência tranquila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou...
Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.
Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem.
Ter paz é ter um coração que ama...
Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências...
Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas.
Ter paz é brincar com as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras e embala os ramos verdes que em suas águas se espreguiçam...
Ter paz é aprender com os próprios erros, é dizer não quando não se quer dizer.
Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade, é ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...
A paz que hoje trago em meu peito é a tranquilidade de aceitar os outros como são, é a disposição para mudar as próprias imperfeições. É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insetos...
É a vontade de dividir o pouco que tenho e não me aprisionar ao que não possuo. É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir uma coisa da outra.
É admitir que nem sempre tenho razão e mesmo que tenha, não brigar por ela.
A paz que trago em meu peito é a confiança naquele que criou e governa o mundo... A certeza da vida futura e a convicção de que receberei das leis soberanas da vida, o que elas tiver oferecido.


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