UMBANDA - SEMPRE EVOLUINDO

O zelo dos dirigentes de Centros Umbandistas, inspirados pelos seus Guias, traz presente sempre o sentido de vigilância, para que qualquer desvio de reta seja logo corrigido. Por isso, a disciplina, embora orientada pelo amor, tem que ser rígida, pois o aprendiz precisa de escola, o sofredor necessita consolo e o mestre precisa saber empunhar o cajado. A espada deve ser brandida em defesa da verdade. Nunca para ferir. Com esforço, renunciação e equilíbrio, seremos julgados pela luz da verdade. Difícil julgar a Umbanda. Somente as forças poderosas do bem, do amor e da fraternidade poderão manifestar-se a respeito. Entretanto, o julgamento pelos pretensos Umbandistas deverá ser precedido de autojulgamento, assim como de seu dirigente, evitando, destarte, opiniões precipitadas por parte daqueles que buscam compreendê-la. A umbanda, sendo toda amor e bondade, não se apraz em expulsar de seu seio o aprendiz ou companheiro revel. Esforça-se para conduzi-lo no caminho. O caminho iniciático mostra-nos que em todas as agremiações, cultos ou credos, em qualquer religião, surgem os desajustados, que precisam amparo, ordem, disciplina e vigilância, apesar de ser outro o desejo oculto que trazem como bagagem de suas imperfeições.
Quando o homem se esforça através da prece e da elevação do pensamento, os raios solares envolvendo os ``CHAKRAS´´ da natureza espiritual, elevam-no; porém, quando se envolvem em pensamentos de lascívia, luxúria, ambição, egoísmo, seus ´´CHAKRAS´´ inferiores são dominados pelo fogo serpentino. Como o Homem pensa, assim ele É.
A Umbanda tudo faz para que sejamos puros como as crianças, fortes como os caboclos e humildes como os pretos velhos. No ciclo evolutivo, coloca cada um em seu grau.
Por isso, Umbanda jamais se recusa a ajudar a quantos transportam seus umbrais.
Compreende também, por melhor que seja o lapidador, jamais conseguirá fazer do vidro um brilhante.

(Do Livro: Umbanda Falando ao Coração)